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Reclamações dos usuários causam suspensão de 69 planos de saúde

Alice Galvão, com informações da ANS

Planos que tiveram mais reclamações junto aos canais de atendimento da ANS ficam proibidos de comercializar



A partir das reclamações feitas pelos seus canais de atendimento, com o Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) identifica trimestralmente o comportamento das operadoras de planos de saúde, avaliando a assistência prestada aos usuários. No último trimestre, os resultados deste trabalho provocaram a suspensão da venda de 69 planos de 11 operadoras.


“Quando evitamos o ingresso de novos consumidores em planos que não estão atendendo seus clientes de forma satisfatória, agimos de forma preventiva e alertamos as operadoras para a urgência na adoção de providências para a melhoria da assistência prestada. Dessa maneira, preservamos o consumidor que já está nesses planos, que tendem a ter o atendimento normalizado. Com a redução das queixas, as operadoras poderão ter a venda liberada no próximo ciclo, daqui a três meses”, esclarece a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos, Karla Santa Cruz Coelho.


Foram 16.043 reclamações de natureza assistencial no período apurado, das quais 13.956 foram consideradas para análise. São excluídas as reclamações de operadoras em portabilidade de carências, liquidação extrajudicial ou em processo de alienação de carteira, cujos planos não podiam mais ser comercializados porque as empresas estão em processo de saída ordenada do mercado. No universo avaliado, 90,4% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), o que garantiu a solução do problema a esses consumidores com agilidade.


Os planos de saúde suspensos possuem, juntos, cerca de 692 mil beneficiários. Estes clientes continuam a ter a assistência regular a que têm direito. Das 11 operadoras penalizadas uma já tinha planos suspensos no período anterior, e 10 não constavam na última lista de suspensões.


A medida é preventiva e perdura até a divulgação do próximo ciclo. Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram indevidamente cobertura podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil.

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